Primavera das Liberdades

Aromas, Sussurrares, Lantejolas, Marionetas, Curvo, Respeito, Volátil, Surrupiar, Voar, Amar e Ser Imperfeito... Tudo o quanto posso... Tudo o quanto devo...

Monday, February 12, 2007

Medo...

Não...
Não é o medo face a mim...mas um medo por Ti...
Também não é o frio meticuloso do futuro meu...
Das peles enrugadas, dos sentidos meio apurados, meio desencontrados.
Não é o que sinto por mim, ao ver-me partir...
São as imagens daquilo-que-está para-conhecer, ao ver-te mais longe de mim. (Desde o cronológico ao social).
Lembro-me de quando era pequenininha...mais pequena ainda que a maldade ou até mesmo a bondade...lembro-me como por detrás das cortinas, descortinava o meu medo...
Este medo já vai longe... numa lonjura sem fim...
Também não se expressa na perda de beleza (seja qual for a sua manifestação), nem na incerteza de amar e desamar...
É a perda de Ti...
É a perda do teu aconchego, do cheiro de mamã... o teu cheiro é a minha primeira e última pele.
O teu quente...

Não é o medo face a mim...não é...
envelhecer será a clarificação do caminho que percorri, será o legado, a comunhão com o meu soldado coração...(este será o meu envelhecer, acho, um verdadeiro desafio)
Mas o teu envelhecer será para mim o desamarrar das amarras...
amarras essas, que não são só prisão,
mas também vida nas minhas próprias mãos.

Sei que sou EGOÍSTA.
- Perdoa-me.
E ainda por cima não faço nada para mudar isso!

Wednesday, January 31, 2007

Até Prova em Contrário...


Os homens são a fé descalça...
São a linha do horizonte que quaaase nos toca...mas quando nos aproximamos...tudo volatiza,
São arvores sem frutos,
São castiçais de velas já queimadas,
São sombras penumbrosas,
São as macenetas das portas já gastas, encurquivilhadas...(in guida)
São serrotes arcaicos,
São chaminés de fundo destilado,
São remendos de véstias cruzadas,
...amêndoas fora de época,
...vidros estrilaçados,
...arestas impuras,
Numa só noite, o nó da garganta, do peito, a água dos olhos, do nariz, do útero...
São as dúvidas, os padrões, as revoltas da Areia Branca, da Póvoa, dos Mouros, do Bulhão, de Messines...
São os mapas, os planeamentos fora de horas, pluralidades de extras,
São a fome com a vontade de comer,
o orgulho da lança mortal,
São tudo, quanto possam ser!

...até prova em contrário...!

Wednesday, January 24, 2007

cHiuuuuuuu

MOMENTO DE REFLEXÃO!

Tuesday, November 21, 2006

A Continuação ( As Fases do Amor )

Falava eu da Crise...
A severa escrava de uma relação.
A crise pode acontecer devido a mudanças de vida dos pares, situação económica miserável, desejos desencontrados, ou porque o AMOR anoiteceu e entrou em coma profundo...
Ambos sabem que estão mal.
Ambos tem medo de avançar com "a tal conversa", que tendencialmente parece ser tardia...
A cama já não é o aconchego dos amantes, a cama...passou a ser o espinho enrugado dos corpos.


Para aqueles, que chegam a transbordar a venenosa seiva buta , segue-se a Traição...
A própria ilusão da invulnerabilidade. A percepção da mais profunda natureza animalesca e trovalesca do ser humano. Aos olhos de quem Ama a dor, aos olhos de quem fere o carrasco saboroso orgasmo. (Orgasmo não só no sentido fisíco, mas como um todo).
Traição...
(quando o teu corpo recebe anti-corpos de traição, primeiro doi, ficas doente, débil, em seguida, passas a ser um resistente, agora salvaguardado de promessas futuras). Novamente são.

Mas vamos ser sinceros...ou não estaria eu aqui... o vírus é multifacetado, aparece com diferentes códigos, formas, cores...depressa o seu ADN muda. (uiiii que medo...seu maldito bicharoco...!).
(e pudesse ilustrar a traição com um animal, seria a avestruz; aludindo para a sua rebelde cabecinha enterrada na areia.)


No fim... o Abandono.
(Aos quarenta anos uma desilusão amorosa pode chegar mesmo a ser demolidor.)
Sabemos que numa relação há sempre um que sofre mais que outro, há um que parte com menos feridas. Podem até partir com as mesmas feridas, mas uma delas estará mais cicatrizada.
O abandono pode ser um pronúncio de solidão, mas então como se explicaria o facto da pessoa estar com outra e também sentir a solidão, o vazio, o abandono...Irónica a situação...Então aqui o abandono, pode significar o desamarrar das amarras, o começar de novo...
Vive-se horas de necessárias doses de amargura...
depois...
encontra-se de novo o mel da doçura. ( de ressaltar que este momento por vezes demora a chegar)

Só quando atravessarmos as quatros fases com a compreensão de que todas são igualmente necessárias, poderemos desfrutar melhor cada momento de mel e fel.

Sóbrios ou não...um brinde ao AMOR!

Thursday, November 16, 2006

As fases do Amor

Irremediavelmente, o AMOR passa por quatro fases.
A Paixão...
A Crise...
A Traição...
E o
Abandono.

Quando nos apaixonamos, somos a soma de todas as fantasias congeladas, até então. Os nãos passam definitivamente a serem sins. Tão depresa estamos a ter o primeiro encontro, como a seguir, a planear o casamento, os filhos, enfim, desenhamos num lápise a história das nossas vidas.
A crise, normalmente, é o acumular de mal estares continuamente silenciados. São conversas desconversadas. A imagem reflectida do outro já não é a mesma. "Estás diferente!"


(eu tenho que me ir embora, depois acabo) beijinhos

Monday, November 13, 2006

A Flor do Olhar

~

O Malmequer do meu olhar foi desfolhado.
Pétala a Pétela,
Lágrima a Lágrima.
Mas no rasgo...
ficou o silencioso sorriso,
talvez o esconderijo da própria dor.
Mas quem diz dor, diz Amor...
Por vezes sobrepõem-se,
num só corpo atómico. (Louca Fusão)

O Malmequer do meu olhar anda perdido.
O Malmequer do meu olhar, já só é, um retrato esquecido.

Friday, November 10, 2006

Aplica-se?

Um dia ouvi algures esta frase:

- AS PAIXÕES SÃO COMO AS ABELHAS...SE FICARES MUITO QUIETINHO, ELAS ACABAM POR DESAPARECER!